segunda-feira, 24 de junho de 2013

9º Capítulo

Lisboa, 1988 (24 anos antes)

Hunter Parrish6

- Pára de ser estúpido. – Eu grito-lhe

- O que é que eu fiz?

- Tu estás a correr.

- E então?

- Tu sabes que eu sou incrivelmente lenta.

Com isto ele só pára olha para mim e ri-se, ele aproxima-se de mim beija-me a ponta do nariz e diz.

- Desculpa, babe. Mas tu sabes que eu tenho jogo amanhã, tenho mesmo de correr um bocado. Cinco minutos no máximo.

- Okay. Eu espero no café. Despacha-te.

- Claro. Tens aulas às duas, certo?

- Yeah. E ainda temos de almoçar.

- E eu ainda tenho de tomar um duche antes, se tu quiseres podes te juntar a mim?

- Vou pensar nisso. – Ele volta a deixar um beijo muito suave nos meus lábios, e vai-se embora correndo.

clip_image002Eu vou para o café, sento-me na esplanada, na mesa mais longe, para que ninguém se lembre de me perguntar se quero algo, estou sem dinheiro outra vez, a minha mãe voltou a perder o emprego. Decido abrir a mala e tirar de lá os livros de matemática, preciso de mesmo de estudar, não estou para fazer o 9º ano pela terceira vez. O melhor é pedir ao Jon que me explique, ele passou o ano e está no curso de Ciências e Tecnologias e com notas de 18 a 19 à maior parte das disciplinas, ele deve saber, parece que o nosso duche vai ter de esperar.

Só a olhar para os números e letras fico cada vez mais confusa, eu até tento resolver alguns exercícios mas fico na mesma, e sem dar por isso passaram mais 5 minutos, e alguém me está a tapar os olhos e a beijar o topo da minha cabeça.

- Estás a perceber algo do que estás a ler? – Ele diz aparecendo à minha frente e escostando-se à mesa.

- Claro que não. Por isso nada de duches juntos, perciso que me expliques isto antes. E não dês nas vistas, eu não estou a consumir nada, por isso não é suposto eu estar aqui.

- Okay. Então vamos só embora. – Ele diz pegando na mala dele, pondo a ao ombro, enquanto eu arrumo as minhas coisas. E ele mete o braço dele à volta dos meus ombros. Eu afasto-me.

- Não me toques, estás todo suado. E eu não ‘tou para ir a casa trocar de roupa.

- Okay. Posso pelo menos pegar-te na mão. – E eu estendo a minha mão a ele.

- A onde é que vamos comer? Eu não tenho dinheiro nenhum.

- Não sei. Eu também não tenho nada. Vamos ter de improvisar.

- Deixam-me entrar no lar, certo?

- Yeah.

Nós continuamos a andar, em pleno silêncio, as nossas mãos enterlaçadas, os nossos dedos brincando uns com os outros. Até chegarmos à porta do lar onde ele vive, ele larga a minha mão e entramos.

- Boa tarde. – Nós dizemos a Clara (a diretora do lar), ela responda com um sorriso. – Eu vou só tomar banho, e a Jessica vai só esperar no meu quarto, nós depois vamos comer a outro lado.

- Okay. Comportem-se. – Clara diz, e eu só me consigo lembrar da vez que ela nos apanhou aos beijos no quarto dele, as nossas camisolas já estavam no chão.

Nós subimos as escadas, a esta hora a maior parte das pessoas não estam cá, só as crianças com menos de 5 anos. Entramos no quarto dele, que ele divide com mais três rapazes, eu sento-me na cama dele com as pernas à chinês (por sorte a cama dele é no beliche de baixo).

- Eu vou tomar banho. Eu volto num estantinho. Começa a fazer alguns exercicios e vê se consegues perceber alguma coisa.

Ele sai do quarto levando uma toalha, e eu deito-me na cama, abrindo o livro e o caderno à minha frente, tento fazer alguns exercicios mas passado um bocado já estou a fazer bonecos nas margens dos cadernos.

- Então conseguiste algo? – Eu só olho para cima, e vejo a olhar para mim apenas com uma toalha à volta da cintura.

- Sexy. E não, preciso mesmo da tua ajuda.

- Okay. Deixa-me só vestir-me. – Ele larga a roalha, mete uns boxers e depois vai ao armário procurar a roupa. Eu olho para ele e ele diz. – Tira a cabeça da javardice, tu tens de estudar.

- Ahhh... Okay, mas despacha-te.

Ele acaba de se vestir, salta para a cama, e começa a explicar-me tudo o que ele consegue, e assim ficamos até ser 13h30.

......

segunda-feira, 10 de junho de 2013

8º Capítulo

clip_image002Na manhã seguinte, eu acordo com beijos pela minha espinha nua, a minha boca diz algo incompreensível que nem eu consigo entender enquanto eu me viro, os seus lábios que estavam antes mesmo no final das minhas costas e fazem a volta pela minha cintura, estando mesmo a baixo do meu umbigo, ele beija-o e vai subindo pelo meu corpo, tendo o seu tempo quando chega ao meu peito, beijando cada e mordendo os meus mamilos duas vezes levemente cada um deles, até finalmente chocar os seus lábios com os meus, as mãos dele se interlassem com as minhas e são seguradas acima da minha cabeça, enquanto o resto do seu corpo não me toca. Os seus lábios mal se afastam dos meus para dizer
- Outra ronda?
A minha única resposta é virá-lo para que eu possa ficar em cima.
***
Ele é bom. Ele não fica parado à espera de se vir, ele trabalha para que eu me venha também e (graças a Deus) ele sabe onde o clitóris fica e consegue encontrar o meu G-spot, sem eu ter de lhe indicar (mas se calhar isso seria sexy). Estou agora a descansar com a minha cabeça no peito dele, o meu dedo faz circulos no peito dele.
- Eu quero passar o dia na cama contigo.- diz-me ele.
- Nós podemos vir a morrer de fome, sabes disso.
- Nah. O corpo humano aguenta até 7 dias sem comida.
- Okay. – Eu só digo rindo-me. – Mas eu vou tomar banho primeiro. – Eu digo saindo da cama.
clip_image004- Eu vou contigo. Eu irei juntar-me a ti, esfregar-te em certos locais que podes ter maior dificuldade em chegar. – Ele diz já em pé, sussurando ao meu ouvido a última parte enquanto a sua mão passa pelo meu sexo. – Depois eu deixarei-te e irei fazer pequeno-almoço para comermos na cama e não haver perigo de morrermos de fome.
E deixo levar-me para a banheira, deixando-o trazer-me ao climax outra vez.
***
X.A.
Estou na cozinha a acabar de preparar uns ovos, depois de termos tido sexo outra vez no chuveiro, deixei-a enquanto ela lava o cabelo. WOW... O cabelo dela deve ser a coisa mais sexy nela, não que o resto não seja totalmente sexy também.
E ela é fabulosa na cama (ou no sofá, ou no duche, ou no chão, ou... temos mesmo de experimentar o balcão da cozinha). Eu volto para o quarto, com um tabuleiro com ovos, fruta, pão, leite, sumo e café em pó.
Ela está se a vestir, está de costas para mim, mas eu consigo apanhar os olhos dela no espelho, e quando ela se apercebe disso faz com que eu apanhe um melhor ângulo da sua parte da frente, e pisca-me o olho. Ela é sexy como tudo mas é tão enigmática, isso ainda a faz mais sexy. Mas eu não quero sexo, já fiz isso muitas vezes, eu gosto dela, gostava de tentar algo mais, mas eu acho que ela está demasiado frágil para isso, ela assusta-se com tudo a que é pessoal, espero que um dia na cama a faça desabafar, não é que eu queira saber todos os segredos. Eu só quero saber algumas respostas a algumas perguntas.
***
Jess
Ele está a olhar para mim, com um ar estranho, as sobrancelhas dele estam franzidas. Eu pego na minha t-shirt preferida (que por caso era do Jon) e visto-a e baixo-me, sabendo que lhe ele está a observar o meu rabo, visto umas cuecas de renda preta.
- Fiz ovos. – Ele diz quando me viro.
- Ok. Então foi a tua ideia. Qual é que é o teu plano?
- Sentamo-nos e conversamos.
- Sobre o quê? – Ele quer saber mais do que devia.
- O que quiseres. O que estiveres à vontade para contar.
- Okay. Mas já que vamos passar algum tempo na mesma cama, podemos fazer algumas pausas para entretenimento.
- Com certeza. – Neste ponto estamos os dois na cama, ele está sentado encostado à parede da cama e eu estou deitada de barriga para baixo e estamos os dois a comer dos ovos.
- Posso começar? – Ele só acena com a cabeça que sim. – Qual é a tua comida favorita?
***
X.A.
Okay, então são este o tipo de perguntas que ela quer, se calhar eu posso tentar puxar outros assuntos durante o resto do dia.
- O bacalhau com natas da minha mãe.
- A sério?!
- Yeah. O melhor bacalhau com natas que alguma vez poderás provar.
- Acredito. O quê que estás aqui a fazer?
O que é que eu fiz, será que ela está zangada comigo.
- A tomar o pequeno-almoço?!
- Não. Em Londres, o que fazes em Londres? – Ela diz, a olhar para mim como se eu fosse tonto.
- Ah! Isso. Tive algum tempo de folga. Decidi vir visitar uns amigos que fiz quando jogava no Liverpool. A maior parte deles vive por aqui.
- Daqui a quanto tempo é que te vais embora.
Isto é bom sinal certo, ela preocupa-se e ela quer saber se me pode ver mais.
- Duas semanas.
- A sério?! Tanto tempo.
- Não me queres aqui?
- Não é isso. É só que... O Real Madrid... não joga na próxima semana?
- Tu percebes de futebol?
- Isso é suposto ser um insulto. E não fiques tão supreendido?
- Desculpa, só tens cara de quem gosta de futebol.
- Desculpa! Como é que é a cara de alguém que gosta de futebol.
Acho que me estou a enterrar cada vez mais, melhor solução desviar o assunto.
- Não fui convocado para o jogo de quinta.
- Ha. Porquê? Tens falhado muitos.
- Não sei. Foi a decisão do Mister.
- Claro. Só queres parecer bom aos meus olhos.
- Acho que consigo fazer bem por mim próprio.
Ela só solta uma gargalhada livre, aberta, alta e adorável.
- Eu pergunto à minha irmã.
- Porquê à tua irmã?
- Ok. Eu confesso, é ela que percebe de futebol. Eu só acho que vocês são sexys e bons, mesmo que eu não chegue à conclusão de qual é a felicidade de correr atrás de uma bola.
Eu não acredito no que ela acabou de dizer, se ela não me aparecesse uma mulher tão perfeita para mim, eu teria só me ido embora.
- A sério?!
- Sim.
- Quem é o mais sexy?
- O Beckham, claro.
- A sério?! Então o que fazes comigo?
- Ele é casado. Podes-me o apresentar.
NEM PENSAR.
- Logo se vê.
. Ok. Tu também és aceitável. – Ela risse outra vez, escondendo a cara na almofada.
- Achas que todas aquelas tatuagens são sexys?
- Oh... Yeah... Sexy como o caraças. Não gostas de tatuagens?
Isto é uma ótima altura para falar da dela, pode ser que venha algo mais pessoal.
- Eu gosto, nunca tive coragem de fazer. Dói?
- Mais ou menos.
- O quê que isso significa?